Numa vida inteira que viva, não deverei conhecer ninguém como
Mandela. É hoje uma marca de egoísmo que tenho e que quero afirmar na minha
pequenez. Não conheci Mandela. Dificilmente no meu tempo, entre os vivos,
aparecerá outro ser humano da sua grandeza.
Apenas posso falar disso que é um não conhecer. Mas tantos
são os “que não conhecemos” que nos entram por casa dentro nos noticiários! Com
Mandela era diferente. Ele não nos entrava pela casa dentro. Ele sorria à porta
e pedia licença.
Que história de vida, e que capacidade para nunca abandonar
aquele sorriso que lhe marcava sempre o rosto. Ao mesmo tempo frágil e tenaz,
Mandela era uma imagem que cativava pelo que ela representava de impossível.
Ele era Utopia transformada em pessoa, em ser, e em colectivo.
A História, todos a sabemos. Da luta, da prisão, da
liberdade, da unidade, dos desafios e da construção de uma Nação. E exactamente
porque todos a sabemos é que ela é de uma magnitude que foge ao comum dos
estadistas. É que Mandela não era um estadista. Ele era muito mais, era um
líder que interpretava, de facto, um povo e um pais.
E era um líder, não dos que lideram porque vencem eleições,
mas dos que lideram porque a sua acção faz com que todos nele vissem uma capacidade
e um exemplo acima de todas as definições da acção política.
A África do Sul não está de luto. Bendita a Pátria que tal
Filho teve! Poderíamos dizer seguindo o poeta.
De luto estamos nós que não conhecemos Mandela. Não do luto
de uma morte, mas do luto de uma vida sem ninguém da sua escala que nos lidere.
Com homens destes tudo se consegue. Um exemplo de humanidade, sensatez, amor e humildade muito bem descrito aqui por Paulo Mendes Pinto. Obrigado Amigo. Rui Telo
ResponderEliminarExcepcionais essas palavras..espero que o seu legado não seja esquecido, não só na sua terra natal, mas como em todo o mundo. Não é só recordar o exemplo, é tentar vive-lo...parece-me..
ResponderEliminarQue lindo exemplo de vida! O Apóstolo Paulo disse que poderíamos olhar para o seu exemplo de vida, com Madela também podemos...
ResponderEliminarObrigada pelas palavras Paulo,
Abraço. Édina.
Mandela foi um terrorista, e por isso foi condenado a 27 anos de prisão. Embora sempre tenha negado, foi sim, comunista. Uma vez no poder, promoveu o aborto, o homossexualismo e a bruxaria. Recomendo: http://thebackbencher.co.uk/3-things-you-didnt-want-to-know-about-nelson-mandela/
ResponderEliminarCaro David,
EliminarObrigado pela sua mensagem.
A clareza do que diz, a forma desassombrada como o faz, é directa e assertiva a dizer-nos onde andam os seus pensamentos.
Obrigado por mais um excelente exemplo de como anda o Mundo.
Este comentário foi removido pelo autor.
Eliminar... "Ele não nos entrava pela casa dentro. Ele sorria à porta e pedia licença." Que bela descrição de Mandela ! De facto ele era um diplomata nato.
ResponderEliminarNobreza de carácter, riqueza de sentimentos e superior no estender da mão ao torcionário.
ResponderEliminarPor tudo isto, e por mais do que isto, Nelson Mandela pertence a uma elite de seres
humanos cuja luz vai perdurar por muito tempo.
Nelson Mandela foi sábio - cada sorriso seu tinha na sua simplicidade beleza de catedral e o seu carácter a força que raras criaturas provaram possuir ao longo da
penosa peregrinação da raça humana neste planeta emprestado a todos e como tal também a eles.
Paulo de Tarso deixou de o ser na Estrada de Damasco, mas soube eternizar-se em forma de mensagem.
Nelson Mandela vai sê-lo sempre, na forma de um sorriso transformado em sonho, o sonho que S. Paulo também teve.
CJR
«Um político pensa nas próximas eleições; um estadista nas próximas gerações.»
ResponderEliminarNoel Clarasó, escritor espanhol (1899-1985)
Que belíssima homenagem, meu amigo!!!
ResponderEliminarAbraço!
Jorge Vicente
Ó Raphael, vou-te ensinar uma coisa! O teu nome escreve-se assim: RAFAEL! Quando aprenderes a escrever a teu nome, então podes atrever-te a emitir juízos sobre NELSON MANDELA! Já agora digo-te: não te chamo o nome que mereces porque o Mandela também o não faria!
ResponderEliminarExcelente (e justa) homenagem a um vulto cimeiro da História da humanidade. Mandela foi o grande líder revolucionário - na linha de Jesus Cristo e Ghandi - que escolheu o sacrifício pessoal de uma vida inteira para devolver a dignidade roubada ao seu Povo libertando-o das garras de uma ditadura tenebrosa, desumana e bem armada. Não foi condenado a 27 anos, foi condenado a prisão perpétua! Terrorista?
ResponderEliminarTerrorista (e esclavagista!) foi a gentalha branca que inventou e prosperou quase um século com o famigerado Apartheid e lhe devolveu a liberdade já no limite do banho de sangue que todo o mundo antecipava. Pelos vistos Mandela escolheu a via Pacifista para derrotar o monstruoso Apartheid...